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Passo do Rosário, o triunfo incompreendido

Palestra proferida em 23 de fevereiro de 2022, no 1o Regimento de Cavalaria de Guardas, Dragões da Independência, em Brasília, DF, como parte das comemorações do 195o aniversário da batalha do Passo do Rosário. A lembrança dessa vitória no ano do Bicentenário da Independência realça a luta pela conquista da soberania e a manutenção da unidade nacional e integridade territorial do Brasil.

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Passo do Rosário, a batalha da primeira vitória do Brasil

Em 20 de fevereiro de 1827, o Exército do Sul, sob o comando do Marquês de Barbacena, incumbido da defesa da fronteira do Rio Grande do Sul face à invasão realizada por argentinos e uruguaios, venceu a batalha do Passo do Rosário contra o Exército Republicano, comandado pelo general argentino Alvear, que mais numeroso pretendia destruí-lo para anexar a Buenos Aires o atual Uruguai e separar a província do Rio Grande do Sul do Brasil.

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Parada no Campo de São Cristóvão, Rio de Janeiro, Primeiro Reinado.

Porque o Dia do Fico ficou na História

O Dia do Fico foi um acontecimento decisivo para a Independência do Brasil. Passados 200 anos, ele continua atrair atenção de historiadores e pesquisadores que buscam estabelecer a sua importância e o seu significado no processo que culminou no Sete de Setembro. O que é notável, ainda que praticamente ignorado, é o quanto ele esteve perto de ser alijado da História, mesmo depois de ter ocorrido de fato.

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Patriotismo sim, nacionalismo não

A confusão entre esses dois termos causou não poucos problemas ao longo da História. O patriotismo é um pertencimento, o nacionalismo uma frustração. O patriotismo é aberto e inclusivo. O nacionalismo se fixa em conceitos e exclui tudo o que neles não se enquadre, desde pessoas até ideias. O patriotismo é uma continuidade, o nacionalismo uma reação, que o diga a Alemanha, que viu nascer de sua frustração política a reação intelectual que inspirou o pior do século XX: comunismo, socialismo e nazismo. Comparado ao nacionalismo de outros países, o brasileiro tem pelo menos uma vantagem. Causou prejuízos a nós próprios, não mortes e destruição a outros povos.

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A República no Bicentenário

15 de novembro de 2021 é a data comemorativa do 132º aniversário da República, o último antes de 7 de setembro de 2022, quando festejaremos o Bicentenário da Independência. A República consolidou as nossas fronteiras, garantiu a paz com os vizinhos, colocou o Brasil no lado certo da História em duas guerras mundiais, tornou o voto universal e o estendeu às mulheres, assegurou os direitos civis, integrou o vasto interior do território e fez do País uma nação do seu tempo, respeitada e admirada. A consciência histórica a ser despertada no Bicentenário inclui tanto o Império quanto a República, um que fez a Independência nas desafiadoras circunstâncias do momento, a outra que lhe deu sentido segundo a nacionalidade.

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São os fatos que escrevem a História

A Insurreição Pernambucana foi resultado da insatisfação generalizada da população brasílica com o invasor holandês. E essa pode ter sido a primeira guerra insurrecional de libertação da História e principalmente de onde nasceu no Brasil o sentido de Pátria. Comparar Felipe Camarão com Pedro Poti, um trânsfuga pró-holandês, é deixar de levar em conta todo um processo de aculturação que já tinha um século e meio. Felipe Camarão lutou do seu lado, do lado da população da qual fazia parte. É uma simplificação que desmerece a História afirmar que ela é escrita pelos vencedores. Estaríamos em outro mundo se a tivéssemos contada por nazistas alemães ou comunistas soviéticos. São os fatos, a matéria-prima da História, que lhe permitem mostrar quem são os seus verdadeiros vencedores e perdedores.

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