O 31 de Março de 1964: História e Memória

Os fatos, as circunstâncias e os atores desse acontecimento fazem parte da evolução política do Brasil. E é a História, como conhecimento, que pode nos oferecer a sua compreensão. As razões da intervenção militar em 1964 foram expostas na Circular datada de 20 de março, expedida pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Castello Branco. São 18 parágrafos, quase todos curtos, nos quais o General Castello Branco reconhece a gravidade da situação nacional, identifica as ameaças e, no tocante às Forças Armadas, reitera a sua missão constitucional, reafirma o seu compromisso com o Brasil e estabelece a “decorrente conduta militar”. A partir desse momento, pela assertividade e oportunidade do texto, Castello Branco se coloca como chefe e líder de um movimento em defesa das instituições democráticas do País. Foi sob sua égide que se inauguraria a V República, o regime político durante o qual aconteceram os maiores avanços de desenvolvimento e as mais importantes reformas políticas, econômicas e sociais da História do País.

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A Conquista de Monte Castelo

Monte Castelo foi a mais difícil conquista da Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Campanha da Itália, entre setembro de 1944 e abril de 1945, na Segunda Guerra Mundial. Antes que viesse a primavera, Monte Castelo fora conquistada, o que causou grande repercussão no âmbito do IV CEx, cujo comando mostrou-se surpreso com a iniciativa e agressividade dos brasileiros no flanco direito da 10a Divisão. No Vale do Reno, estavam garantidas as condições para a ofensiva aliada de primavera que haveria de pôr fim à guerra na Itália. A divisão brasileira havia desenvolvido a capacidade de operar integradamente, conquistando uma grande vitória, a primeira das que se seguiriam.

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A Estratégia do Brasil na Guerra da Cisplatina (1825-1828)

A Guerra da Cisplatina opôs o Brasil, então uma monarquia governada pela dinastia de Bragança, às Províncias Unidas do Prata, com capital em Buenos Aires, o núcleo geohistórico da atual Argentina. O resultado imediato da campanha de 1827 que culminou na batalha de Passo do Rosário, em 20 de fevereiro, foi a retirada do Exército Republicano do território brasileiro.

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A Segunda Batalha de Guararapes

No dia 18 de fevereiro de 1649, o exército holandês deixou Recife com 5.000 homens e marchou para os Montes Guararapes. No dia seguinte, postou-se em formação, pretendendo atrair o exército patriota ao combate. Os brasílicos, alertados da saída holandesa desde a véspera, haviam deixado o Arraial Novo e, em número de 2.600, chegaram aos Guararapes no final da tarde do mesmo dia. O ataque começou pelos montes ao N, realizado pelo terço de Vidal de Negreiros. Fernandes Vieira acometeu pelos flancos e retaguarda, chegando à artilharia que estava com elas. Os dois ataques, de Vidal de Negreiros e de Fernandes Vieira, convergiram na baixada, rompendo o dispositivo holandês que entrou em colapso. Proporcionalmente, as baixas holandesas foram ainda maiores do que as sofridas na primeira batalha. A segunda batalha de Guararapes selou o destino do Brasil holandês.

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Manoel da Nóbrega e José de Anchieta na História do Brasil

Ao comemorarmos a fundação de São Paulo em 1554, é importante lembrar que a criação da povoação que lhe daria origem foi obra do Padre Manoel da Nóbrega e do Padre José de Anchieta, que, no entanto, tiveram papéis amplos e importantes na História do Brasil. Entre outros fatos, em 1559, Nóbrega embarcou na expedição de Mem de Sá, que veio ao Rio de Janeiro livrá-lo dos franceses. Junto com o seu dedicado auxiliar José de Anchieta, em 1563, conseguiu pacificar os tamoios de Piratininga e São Vicente, um importante sucesso para a segurança das novas povoações. A atuação de ambos comprova que o Brasil nasceu sob o signo da cruz e da espada, da fé e da coragem.

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A expedição de Martim Afonso de Sousa

Dando conta da enormidade da terra descoberta que cabia a Portugal e das notícias da presença nelas de navios franceses, D. João III decidiu enviar a primeira expedição notadamente colonizadora ao Brasil. A expedição de Martim Afonso de Sousa teve resultados importantes, mas o grande resultado da expedição foi a ocupação e conquista do território, expulsando franceses da costa e fundando a primeira povoação do Brasil, São Vicente.

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A Epopeia da Legião de São Paulo

Olvidam-se os acontecimentos e personagens decisivos para a formação e evolução do Brasil, como os feitos dos homens da Legião de São Paulo. Em 1776, além de ter seus feitos reconhecidos, inspirou a criação da Legião de Tropas Ligeiras. Mas a consagração da Legião na História Militar do Brasil viria de sua atuação nas Guerras de 1811 e contra Artigas, em 1816. Se ainda resistem ao esquecimento os feitos da Legião de Tropas Ligeiras de São Paulo, desapareceu a memória do monumento a um dos capítulos mais importantes dessa epopeia.

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A centelha da Independência

Em dezembro de 1821 chegaram os decretos portugueses ao Rio de Janeiro, com uma série de medidas contra o Brasil, além de impor o imediato retorno do Príncipe-Regente D. Pedro a Portugal. Desse conjunto de medidas, as lideranças políticas brasileiras consideraram a volta de D. Pedro a Portugal como a mais perigosa para os destinos do Brasil, que agora corria o risco de ser recolonizado. A decisão viria pelas palavras de D. Pedro, em 09 de janeiro de 1822: “Como é para o bem de todos e a felicidade geral da Nação, estou pronto: – diga ao povo que fico”.

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Primeiras povoações, capitanias e governo-geral

Diante dessas notícias do ataque francês e a ocupação de Itamaracá, D. João III dividiu as terras descobertas em quinze capitanias hereditárias, cujos títulos foram expedidos em 1534 a doze donatários. As capitanias hereditárias foram fundamentais para a formação do Brasil, dando início a um processo de ocupação e exploração econômica que aconteceu mais pelo braço e pela espada do particular do que pelo Estado português.

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Explorações no litoral do Brasil no início do século XVI

Entre maio de 1501 e setembro de 1502, Portugal realizou a sua primeira exploração no litoral brasileiro, após a expedição de Pedro Álvares Cabral. Em 1º de janeiro de 1502, a expedição de Gaspar Lemos adentrava na Baía de Guanabara, nomeando a região como Rio de Janeiro e seguindo então para Angra dos Reis, Ilha de São Sebastião e o porto de São Vicente. Achado ou descoberto, o Brasil começava a ser conhecido, entrando no mapa da História.

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