Batalha da Ilha de Seririge, tomanda do Forte de Coligny, marco de 1560

O Papel Militar de Portugal na Formação do Brasil

O papel da guerra na política de Estado não pode ser desconsiderado no estudo dos processos históricos. Orientado por essa premissa, o presente artigo analisa o papel militar de Portugal na formação do Brasil, um processo que durou três séculos, ao longo do qual o Estado português não somente conduziu como preparou a guerra, conquistando e assegurando o espaço no qual tomaria forma a nação brasileira.

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Parada no Campo de São Cristóvão, Rio de Janeiro, Primeiro Reinado.

Guerra da Independência do Brasil: políticas e estratégias em confronto

A Guerra da Independência do Brasil (1822-1823) se insere no processo político que culminou na dissolução da união entre Brasil e Portugal, dele sendo parte inseparável. O presente trabalha analisa a grande política, a política de guerra, a estratégia política e a estratégia militar de Brasil e Portugal ao longo desse conflito relativamente curto mas amplo, de importantes consequências. O estudo busca enlaces da História com a Ciência Política que façam atuais as reflexões extraídas dessas políticas e estratégias, concebidas, para fins de estudo, em uma abordagem teórica construída especialmente para este fim. É nessa amoldura analítica que são colocados os fatos e acontecimentos do conflito político e militar acontecido entre as Cortes de Lisboa e o governo do Príncipe D. Pedro, sem deixar de apontar significados e importâncias que a análise histórica aconselha. O trabalho contempla em sua conclusão, além dos aspectos científicos da direção política da guerra e da condução de sua estratégia, os fatores intangíveis da mobilização de vontades para a concepção e desenvolvimento dessas políticas e estratégias. E conclui de fato, indicando, com base em toda a exposição, as possíveis formas de entendimento do papel do Estado e da Política pela História.

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Passo do Rosário, o triunfo incompreendido

Palestra proferida em 23 de fevereiro de 2022, no 1o Regimento de Cavalaria de Guardas, Dragões da Independência, em Brasília, DF, como parte das comemorações do 195o aniversário da batalha do Passo do Rosário. A lembrança dessa vitória no ano do Bicentenário da Independência realça a luta pela conquista da soberania e a manutenção da unidade nacional e integridade territorial do Brasil.

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Passo do Rosário, a batalha da primeira vitória do Brasil

Em 20 de fevereiro de 1827, o Exército do Sul, sob o comando do Marquês de Barbacena, incumbido da defesa da fronteira do Rio Grande do Sul face à invasão realizada por argentinos e uruguaios, venceu a batalha do Passo do Rosário contra o Exército Republicano, comandado pelo general argentino Alvear, que mais numeroso pretendia destruí-lo para anexar a Buenos Aires o atual Uruguai e separar a província do Rio Grande do Sul do Brasil.

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Parada no Campo de São Cristóvão, Rio de Janeiro, Primeiro Reinado.

Porque o Dia do Fico ficou na História

O Dia do Fico foi um acontecimento decisivo para a Independência do Brasil. Passados 200 anos, ele continua atrair atenção de historiadores e pesquisadores que buscam estabelecer a sua importância e o seu significado no processo que culminou no Sete de Setembro. O que é notável, ainda que praticamente ignorado, é o quanto ele esteve perto de ser alijado da História, mesmo depois de ter ocorrido de fato.

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Patriotismo sim, nacionalismo não

A confusão entre esses dois termos causou não poucos problemas ao longo da História. O patriotismo é um pertencimento, o nacionalismo uma frustração. O patriotismo é aberto e inclusivo. O nacionalismo se fixa em conceitos e exclui tudo o que neles não se enquadre, desde pessoas até ideias. O patriotismo é uma continuidade, o nacionalismo uma reação, que o diga a Alemanha, que viu nascer de sua frustração política a reação intelectual que inspirou o pior do século XX: comunismo, socialismo e nazismo. Comparado ao nacionalismo de outros países, o brasileiro tem pelo menos uma vantagem. Causou prejuízos a nós próprios, não mortes e destruição a outros povos.

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