A Ocupação – Século XVII

Reprodução da tela “Périplo Máximo de Antonio Raposo Tavares, de Theodoro Braga. Em 1648, o Bandeirante partiu de São Paulo e percorreu mais de 10.000 km, ao longo de 3 anos, estabelecendo ligação com a Bacia Amazônica. Reprodução da imagem: Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro-RJ.:

Expedições oficiais (Entradas) e privadas (Bandeiras) adentraram ao vasto interior em busca de riquezas minerais e escravos indígenas. No Sul, as bandeiras paulistas destruíram os núcleos que os jesuítas do Paraguai haviam construído nos atuais estados do Paraná e Rio de Brande do Sul. Ao Norte e no Oeste, sempre em busca de riquezas, elas penetraram fundo no território, espalhando vilas e povoados.

Em 1637, Pedro Teixeira subiu o Rio Amazonas e chegou a Quito. A indústria do açúcar, tocada a mão de obra escrava, tornou-se a principal atividade econômica da terra, centrada no Nordeste. Os tão cobiçados ouro e pedras preciosas foram encontrados no final do século, dando início a uma corrida para o interior que traria grandes modificações na vida social, econômica e política do Brasil. Em 1680, a coroa portuguesa fundou a Colônia do Sacramento, no Rio da Prata, em frente a Buenos Aires.

O grande acontecimento do período foi a Guerra Holandesa (1624-1654), um desdobramento da Guerra de Trinta Anos da Europa (1618-1648) no Brasil. Os atores de destaque desse século são os heróis da Guerra Holandesa – Vidal de Negreiros, Fernandes Vieira, Henrique Dias e Felipe Camarão -; o Padre Antônio Vieira, pela sua vigorosa pregação moralista e pela defesa dos indígenas; e os bandeirantes Fernão Dias Pais, Antônio Raposo Tavares, Domingos Jorge Velho, Manuel Borba Gato e Bartolomeu Bueno da Veiga.

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