Um Papel e um Sentido para a História
Para a maior parte das pessoas, História é o estudo dos acontecimentos passados, algo periférico na formação pessoal e profissional dos jovens. Confunde-se mesmo o culto cívico com História, reduzindo-a dessa maneira à cultura meramente laudatória.
Mas esse ponto de vista precisa ser reavaliado. Afinal de contas, como se há de pedir aos membros de uma sociedade a adesão às normas da vida em comum sem que eles tenham uma visão, não idêntica, mas comum?
Ensina-se História para educar as pessoas, todas elas, enquanto membros de uma sociedade, não necessariamente para formar historiadores.
Não seria um exagero afirmar que a História é a base da educação em uma sociedade.
A lacuna geracional de transmissão de conhecimentos e valores está se ampliando e, a continuar esse processo, em algum tempo acontecerá a ruptura completa com o surgimento de uma sociedade no Brasil sem memória alguma.
Mas não parece que esse seja o caso do Brasil, onde a sociedade civil dá seguidas e inequívocas mostras de vitalidade. Com efeito, sociedades dinâmicas como a brasileira precisam de um Estado funcional consubstanciado pela ideia de Nação.
A História precisa voltar a ser ensinada no País para educar o País.
Esse é o papel da História pelo qual a sociedade encontra seu sentido.
* O presente texto é um extrato do artigo homônimo, publicado pelo Autor, no Diário do Comércio, Jornal das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, em 05 de fevereiro de 2019.