A Organização – Século XVIII
Com a descoberta de riquezas minerais, o Brasil se tornou de suma importância para Portugal, que havia perdido quase todas suas possessões no Oriente e estava debilitado pela longa guerra com a Espanha, para recuperar sua independência.
Diante dessa realidade, a Coroa portuguesa abriu novas estradas e portos para sustentar e escoar a produção das Minas Gerais, desdobrou tropas para protegê-los, despendeu um grande esforço científico para mapear o território expandido, tentou estabelecer limites com as possessões espanholas e transferiu a capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
Na Amazônia, a larga visão geopolítica do Marquês de Pombal garantiu a posse da região por meio de uma extensa cadeia de fortificações e medidas de fomento econômico.
No entanto, diversos movimentos e iniciativas se deram espontaneamente ao longo desse século; lutas intestinas locais, como a Guerra dos Emboabas e dos Mascates; o surgimento de uma pequena sociedade culta e afluente nas Minas Gerais; o afloramento das academias literárias em Salvador e no Rio de Janeiro; e a eclosão de movimentos nativistas por autonomia, como as Conjurações Mineira e Baiana.
Nesse período, o Rio de Janeiro foi atacado duas vezes por corsários franceses, a Ilha de Santa Catarina e Rio Grande foram fortificados e travaram-se seguidas guerras de fronteira no Sul.
Os nomes de destaque nesse século são Gomes Freire de Andrade, o Conde de Bobadela, governador da Repartição do Sul do Brasil com sede no Rio de Janeiro, que empreendeu grandes esforços pela fronteira sul; Alexandre de Gusmão, o brasileiro que delineou as fronteiras do País no Tratado de Madri; e Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, o grande líder e mártir da Conjuração Mineira.
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